sábado, 3 de julho de 2010

Integração na Investigação no âmbito da linha: Género, Identidade E Saúde Sexual,

Este blog tem como principal objectivo divulgar a investigação que estou a desenvolver, com a ajuda do Professor Henrique Pereira, meu supervisor, e o tema desta investigação, foi proposto pela Unidade de Investigação em Psicologia da Saúde, sediada no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e gere-se pelo regulamento de Formação Avançada e Qualificação dos Recursos Humanos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Eu sou aluna do 2º ano de Psicologia, 2009/2010, na Universidade da Beira Interior, e concorri À bolsa para desenvolver esta investigação pois penso que será muito importante não só para a minha formação académica e pessoal, como também pelo facto de considerar que será uma contribuição importante para a investigação na área da Psicologia, nomeadamente, no que toca às necessidades psicossociais e de saúde das minorias sexuais, neste caso, de pessoas com mais de 50 anos.
Esta área de estudo tem ainda muitas lacunas a nível da investigação cientifica, tendo em conta que muitas das pessoas desta geração tiveram de esconder a sua orientação sexual, durante grande parte da sua vida, quando a homossexualidade, ou qualquer outro tipo de orientação sexual que não fosse “a normativa”, entenda-se heterossexual, era considerada doença mental.

Esta investigação surge no âmbito de uma Bolsa de Integração na Investigação que estuda o GÉNERO, IDENTIDADE E SAÚDE SEXUAL, da Unidade de Investigação nº 4010 em Psicologia e Saúde, do ISPA. Esta proposta de estudo vem precisamente tentar colmatar as lacunas que ainda existem na investigação deste campo. O campo de estudos sobre género, identidade e saúde sexual é bastante vasto, deste modo, esta investigação tem como tema específico: Envelhecimento e minorias sexuais: ambiente psicossocial e necessidades de saúde, procurando responder a algumas questões existentes neste campo. Como por exemplo: Quais os principais problemas que esta população enfrenta no envelhecimento?; Quais as suas necessidades de saúde?; Qual o ambiente psicossocial em que vivem?; Será o seu suporte social s?; A quantas pessoas revelam a sua orientação sexual? E um conjunto de outras questões que são abrangidas pelo questionário que desenvolvi para este efeito.

Actualmente já se mudaram algumas mentalidades, no entanto, continuam a existir relatos de discriminação e atitudes homofóbicas, nomeadamente em serviços públicos. Noutros países, como a Austrália e os Estados Unidos, já se fizeram inúmeros estudos para tentar descobrir quais os principais problemas que as minorias sexuais enfrentam no envelhecimento, nomeadamente a nível dos serviços de saúde entre outros, e o que se verificou,foi que de facto, a grande maioria das pessoas que pertencem a esta população já passou por situações constrangedoras devido à sua orientação sexual, e existem de facto diferenças a nível da incidência de determinadas doenças, na população homossexual, relativamente à heterossexual. Ilustrando esta problemática, os estudos apontam para uma maior incidência de cancro da mama em lésbicas, no entanto, parece existir uma menor prevalência no cancro da próstata na população homossexual masculina. A realidade é que no nosso país existem poucos estudos que nos digam qual é o status da nossa população sénior homossexual.

Este projecto envolve o contacto com seniores LGBT, elaboração de entrevistas, recolha de questionários, elaboração de bases de dados e tratamento de dados. Por fim será feito um relatório final onde serão revelados os resultados deste estudo.

Para conseguir uma amostra significativa que possa dar resultados consistentes e fiáveis, é necessário que este estudo seja divulgado em massa! Por isso deixo em seguida o link que permite aceder ao questionário que pretende averiguar qual a realidade das minorias sexuais, com mais de 50 anos, em Portugal:


Por favor peço a todas as pessoas que tenham amigos pertencentes a esta população que passem a mensagem e mesmo que não tenham, divulguem este blog pois alguém pode ter!

Obrigada desde já a todos os que me ajudarem nesta tarefa.

3 comentários:

  1. Bom dia,
    acho o estudo muito pertinente. Pessoalmente não conheço quase ninguém do público-alvo do inquérito mas ocorreu-me que faria sentido abordar páginas temáticas de encontro e divulgar lá: gayromeo, manhunt, manjam, gaydar... são alguns exemplos. É só criar um perfil e divulgar lá o estudo, não deve ser difícil angariar sujeitos.
    Bom trabalho!

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  2. Boa noite,

    Tomei conhecimento do estudo e considero que sem duvida nenhuma é um bom tema para abordar, principalmente por consistir numa temática ainda pouco abordada estudada, mas que pode trazer conclusões interessantes e pertinentes. Conheço algumas pessoas que encaixam no perfil, portanto já procedi à respectiva divulgação junto dessas pessoas, também lhes pedi para divulgarem a mais elementos que conheçam e que possuam as características pedidas. Aconselho-a também a divulgar o estudo em espaços de vida nocturna frequentado por gays, em Lisboa e no Porto principalmente. Também pode requerer às diversas entidades LGBT que promovam o estudo junto dos seus sites (ILGA, PortugalGay, AMPLOS, REDE EX AEQUO, entre muitas outras. Votos de bom trabalho.

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  3. Obrigada pelo apoio, agradeço a sugestão, mas de facto já contactei essas instituições, e o meu estudo esta referido nos sites das mesmas. Nao obtive resposta do PortugalGay infelizmente. Agradeço a sua colaboração Miguel e farei o meu melhor para que os resultados possam de alguma forma ajudar as pessoas pertencentes a minorias sexuais.

    Atentamente

    Julieta Azevedo

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